A palavra movimento pode ter diversos sentidos, como deslocar, mudar, agir, caminhar, conduzir, transformar, produzir, impulsionar, animar, pensar e sinalizar, entre outros. Também pode ser associada à visualização, como quando, por exemplo, uma cena ou uma imagem é obtida graças à dinâmica que aplicamos no uso de uma câmera. Além disso, podemos entendê-la como segmento, como ocorre com os movimentos de uma peça musical.
Neste fevereiro de 2024, completam-se meus três anos de movimentos nesse Blog. Eu o intitulei justamente assim porque intuí que o que eu compartilharia aqui teria a ver com atividades e possibilidades variadas de processos, de fluxos, transições e pensamentos, tudo isso amalgamado pela baliza do tempo.
Embora eu tenha concebido esse espaço inicialmente com o intuito de divulgar um pouco dos meus trabalhos nas artes visuais, ele acabou se transformando igualmente num motor de outros conteúdos e experimentações, o que terminou por me colocar numa situação semelhante à do pequeno passarinho da foto, que do alto avista um mundo: ele fita e medita. Entretanto, no meu caso, se trata também de escrever a respeito das coisas, expondo livremente opiniões e ideias, a exemplo de um ensaísta. Essa percepção, porém, não me chegou extamente no começo e sim mais adiante.
Foi prazeroso e trabalhoso esse exercício de conceber as postagens, de escolher temas e imagens e evocar reminiscências.
Embora eu tenha, como todo mundo, meus pontos de vista, habitualmente não sou muito dado a emitir publicamente minhas opiniões. Por vários motivos. Um deles, e talvez o mais determinante, é o natural questionamento sobre a relevância disso, uma vez que todo juízo é sempre relativo por decorrer, inescapavelmente, de percepções particulares e, portanto, sujeitas à parcialidade e aos lapsos — incluindo-se aí, igualmente, os temas em que se tenha maior interesse, fluência ou expertise.
Mesmo as pessoas que estudam e se aprofundam bastante em determinados assuntos estarão sempre subordinadas a determinadas perspectivas: por mais versadas, iluminadas ou sábias, não terão como escapar das limitações impostas pelos ângulos de visão, pelo tempo e o espaço em que se encontram, pela informação que dispõem e a sensibilidade que possuem.
E, como a gente não pode deixar de ser quem é, nem obter todos os elementos para uma avaliação definitiva e muito menos possuir uma sensibilidade absoluta e descompromissada — ou seja, desprovida de alguma simpatia ou interesse —, por mais abrangentes e profundas que sejam, as avaliações estarão sempre e inevitavelmente sujeitas, elas próprias, a incompletudes e, portanto, passíveis de críticas e revisões.
Como não me considero um expert em nenhum assunto, o que acredito e desejo poder ter oferecido foi, apenas, o meu próprio enfoque.
Por isso, reafirmo meu propósito de rememorar, de tentar ajudar a “trazer à luz” e reflexionar, muito mais do que analisar profundamente ou sagazmente criticar, embora eu, naturalmente, também desejasse expor meus entendimentos e preferências. Reitero que tudo isso serviu muito mais para que eu próprio organizasse meus pensamentos e minhas visões.
Assim, não sendo um intelectual, se algumas das minhas colocações soaram banais ou equivocadas a algumas pessoas, uma vez que as expus dentro de um espaço próprio e sem a carga de responsabilidade ou o compromisso de um erudito, creio ter respeitado tanto quem me julgou limitado, quanto quem chegou a encontrar algum sentido no que eu tenha ousado apresentar aqui.
Hoje, portanto, finalizo um ciclo e, por isso, faço como que um fechamento.
Não posso asseverar que, mais adiante, não volte a me expressar por aqui. Porém, se o fizer, certamente não será com a periodicidade mínima de uma vez por mês, compromisso que vinha me impondo até o momento.
Agradeço ao pequeno grupo de pessoas que, durante esses trinta e sete meses, chegou a ler algumas das minhas mal traçadas linhas, a apreciar um pouco das minhas criações visuais e até mesmo a comentá-las ocasionalmente. Não fosse por vocês, eu teria divagado completamente solo.
Novamente, envio meus abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim.
Até…
Dudu, pelos menos alguns dos teus Movimentos, eu li. Sempre com tanta clareza, como se passeasse nas paisagens dos teus comentários, com palavras tão pertinentes ! Obrigado querido! Tua expressão é um luxo em muitos sentidos!
Mukti amada, te ter como parceira desses movimentos (e de outros), foi e é um privilégio. obrigado! ❤️
Simpático até logo!
inté, Marcelutcho! ❤️
Que pena, Dudu! Adoro tuas reflexões! Bj
Beth querida, adoro que adores! um beijo grande. ❤️
A gente sempre se arrepende de não ter aproveitado mais alguma coisa que não existe mais. Às vezes me lembro de um velho cinema, de um bar ou até de um amigo que não mais existem e me penitencio: Puxa! Devia ter…
Devia ter lido mais vezes teus Movimentos, Dudu. Ah! Mas os antigos textos ainda existirão no mesmo espaço, não será como o cinema e o bar que fecharam ou do amigo que se foi!
Ainda bem!
Um abraço!
Aldo querido! que linda e comovemte mensagem me deixas… ❤️ é bem assim.
sem dúvida, vai continuar tudo aqui. pelo menos por algum tempo, o tempo que temos, o tempo que “nos dão”. obrigado por acompanhar nalguma medida. é um grande presente pra mim. abração! 🌿🌸🌟
Dudu, os textos que li aqui gostei muito, e os teus “Movimentos ” vão fazer falta ! Um beijo
gracias, Teresita! já acompanhaste tantos movimentos meus e eu aos teus… esse é o maior presente. ❤️ beijos carinhosos!
Em movimento sempre, siga teus voos. Abração com carinho.
Blanca querida, obrigado! ❤️ beijos.
Que pena Dudu😔Sempre adorei estes teus “Movimentos” pois eram interessantes pelo enfoque dos momentos/Movimentos. Mas pela última foto penso que irás continuar alçando vôos em outras “miradas”🤩
Aguardo…🙋🏼♀️💝
obrigado, Egle querida! ❤️ que bom saber da tua apreciação.
sim, tô só dando um tempo por aqui.
e vamos ver como ficam os “movimentos”… muitos beijos.
Dudu querido, hoje não estou num dia de muita luz, perdi mais um gato envenenado ontem, então , lá se foi mais um pedacinho do meu coração ❤️
Alguns dos teus ” Movimentos ” pude ter o prazer de ler e dizem que é bom saber sair de cena na hora certa…e aí fico refletindo se existe isso de hora certa, e se existe, quem a dita ? Cada coração é um mundo e cada alma um universo regrado por suas próprias leis, então, está tudo certo, pare se achar que deve e volte qdo quiser ! Será sempre um prazer dividir feflexões contigo ! 💜🪷🫶🏻
Lu, minha muito querida amiga, que notícia trsite… como podem fazer algo assim com os bichinhos! só imagino a tua tristeza.
obrigado por acompanhar o blog e comentar aqui. é isso mesmo, seja de humanos, seja de bichinhos, cada coração é um mundo. um beijo muito forte e carinhoso no teu! ❤️🌟🌸🌿
Um ciclo muito bonito Dudu! Não li todas as publicações mas tudo que li gostei muito, muito sensível como você é! Esse passarinho aí já tá matutando alguma coisa… abração!
eheheh, querido, obrigado! 🌟🙏🏽
enquanto se está por aqui, a gente não pára nunca de matutar, não é mesmo?!
um abraço! ❤️
Se te miro, é pq gosto do q vejo, do que leio, do q provoca a pensar. Siga o fluxo do passarinho Dudu. Livre. Grazie pelo tempo e pelas palavras. Ambos preciosos.
Luluquinha amada… e miramo-nos e gostamo-nos, também, faz tempo. felizmente!
eu que agradeço tua apreciação e carinho. muitos beijos. ❤️🌟🌿🌸😘
Querido Dudu! Todos os teus textos que recebi eu li e amei. Continue esse movimento tão lindo quanto o pássaro! Sentirei falta! Abraço
Marta querida, é sempre uma grande alegria saber-te apreciadora das minhas “mal traçadas linhas”. ❤️🌸🌿
obrigado! abraço.